Terceira/Madrid: Governo não cumpre e SATA decide sozinha

Os deputados do PSD/Açores eleitos pela Ilha Terceira questionaram hoje o Governo Regional sobre o anúncio da SATA de terminar com a ligação Terceira/Madrid, considerando que o executivo “não cumpre com a anunciada redução da sazonalidade das nossas ligações aéreas do exterior, permitindo à SATA a tomada de decisões unilaterais, sem pensar nos terceirenses”.

Em requerimento entregue na Assembleia Legislativa, os parlamentares querem saber se o Governo regional, “como maior acionista da SATA, tem conhecimento desta decisão e dos seus motivos, e se a sustenta”, questionam.

A deputada Mónica Seidi lembra que, “ainda no último plenário, em que o PS interpelou o Governo sobre o Turismo na Região, ouvimos a Secretária Regional dizer que o executivo tem apostado na redução da sazonalidade de forma sistemática e mais acelerada nos últimos anos. Não é isso que parece estar a acontecer”, refere.

A social-democrata lembra também que o mercado espanhol “é o que mais dormidas tem proporcionado ao turismo na Terceira”, sendo que foram as operações de Madrid e Boston que levaram, em 2016, “a que a taxa de sazonalidade na Terceira fosse inclusivamente mais baixa que em São Miguel”.

“A notícia de que a operação Terceira/Madrid não faz parte da programação de inverno por uma questão de opção e de gestão da própria empresa não é aceitável, porque os terceirenses não podem ser cobaias da SATA”, afirma a deputada do PSD.

“Em 2016 perdemos a ligação direta à Alemanha, já perdemos a ligação direta ao Porto e agora perdemos a ligação a Madrid. Não podemos permitir que o Governo regional assista passivamente a estas decisões, sem nada fazer para que a ligação volte a constar nas operações do período de inverno”, sustenta.

Mónica Seidi conclui dizendo que “agora percebemos a razão da Sra. Secretária apenas ter falado das operações de sucesso do passado inverno. Pois nem uma palavra disse sobre o que se iria passar no próximo, provavelmente porque já sabia que esta operação iria terminar, permanecendo até agora em silêncio”.