PSD/Terceira critica declarações do Ministro Pedro Marques sobre os CTT

O PSD/Terceira considerou “lamentáveis” as recentes declarações do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, sobre o serviço prestado pelos CTT aos Açores, ao dizer que “não se encontraram definidos objetivos de qualidade específicos para os Açores, quase dando a entender que os CTT fazem um favor às nossas populações”, referem.

A Comissão Política presidida por Francisco Câmara considera que Pedro Marques “contenta-se com pouco, e parece desconhecer o acordo assinado entre o Estado Português e os CTT-Correios de Portugal, confere à concessionária direitos e obrigações, compreendidos no estabelecimento, gestão e exploração da rede postal pública e na prestação de serviços e atividades no território nacional o que, naturalmente, inclui os Açores”.

“Os objetivos de desempenho do serviço universal que os CTT são, entre 2015 a 2017, obrigados a assegurar, abrangem entre outros serviços postais o envio de encomendas postais na modalidade de encomenda normal”, lembram.

Francisco Câmara refere as inúmeras queixas, “quer da população, quer das forças nossas vivas, acerca de sucessivas demoras no serviço prestado pelos CTT nos Açores e na ilha Terceira, em particular São queixas públicas e que todos conhecemos ou já sentimos na pele”, explica.

Os indicadores de desempenho estabelecidos pela ANACOM, entidade que supervisiona os CTT, indicam que 92% das encomendas postais enviadas de qualquer ponto do território nacional, deveriam atingir o estabelecimento postal de destino até 3 dias úteis após terem sido depositadas num ponto de receção de correio, assim “estranhamos que o Ministro Pedro Marques se contente com um prazo de entrega de uma encomenda normal enviada para os Açores a variar entre 7 e 15 dias úteis. Tempo muito superior aos 3 dias uteis referidos pela ANACOM”, refere o líder do PSD local.

Segundo Francisco Câmara, e ao contrário do que diz o Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, “o problema não é de agora, nem se deve a qualquer sazonalidade dos voos da TAP ou da SATA. O problema arrasta-se há bastante tempo e, em vez de desculpas, seria de esperar que fossem apresentadas soluções, de modo a que os habitantes e as empresas dos Açores pudessem beneficiar de um serviço postal adequado”, conclui.