Investimento público no concelho do Nordeste é “diminuto”

A comissão política concelhia do PSD do Nordeste denunciou que o investimento público no concelho é “diminuto”, alegando que o património municipal está a “degradar-se a olhos vistos” e as iniciativas dos privados “não são acarinhadas”.

“O investimento público no Nordeste é diminuto: dos milhões dos fundos comunitários disponíveis para o município, em que a câmara municipal só entra com 15 por cento das verbas, poucas obras são lançadas a concurso. E algumas destas obras resumem-se a partir e fazer de novo quase igual”, afirmaram os social-democratas em comunicado.

Segundo a comissão política concelhia, “o património municipal, caminhos, ruas e edifícios estão a degradar-se a olhos vistos”.

“As iniciativas dos privados ou das instituições locais do concelho, como a Escola Profissional da Santa Casa da Misericórdia do Nordeste, não são acarinhadas, correndo mesmo riscos sérios de fechar por falta de apoios dos poderes públicos, nomeadamente da câmara municipal, com a consequente saída dos estudantes para outros concelhos e perda de mais empregos do pessoal ali contratado”, referiram.

Os social-democratas salientaram que “é necessário pedir ao governo regional investimentos públicos para o concelho, a juntar aos fundos comunitários da câmara do Nordeste que até agora quase nem foram utilizados”.

“Dos mais de 10 milhões aprovados pela União Europeia para o concelho do Nordeste, nem um milhão foi utilizado até agora, ao que se sabe”, afirmaram.

A comissão política do PSD do Nordeste denunciou ainda a “profunda crise” social e económica, que faz do concelho o que tem a mais alta taxa de desemprego do país, “mesmo com muitas pessoas a emigrar e, portanto, a ficarem fora das estatísticas”.

“Empresas fecham ou reduzem muito os seus quadros de pessoal, principalmente na construção civil e oficinas mecânicas. O investimento privado voa para outros concelhos”, salientaram os social-democratas do Nordeste.

Para o PSD do Nordeste, as justificações da autarquia para o insucesso das medidas de combate ao desemprego “são ridículas”, dado que “uma Bolsa de Emprego só por si não cria emprego”.

“É também necessário atrair mais investimentos privados para que o concelho do Nordeste cresça e se criem empregos duradouros. Faltou criar a confiança necessária para que estes investimentos surgissem”, consideraram.

Os social-democratas acrescentaram que as justificações dadas pelo executivo socialista para não contratar pessoal “são falsas”, visto que a empresa municipal Nordeste Ativo “tem feito contratos a termo incerto para várias funções, algumas delas não propriamente relacionadas com o trabalho em águas e resíduos sólidos”.