A deputada do PSD/Açores Mónica Seidi classificou o Plano e Orçamento para 2017 como uma “cópia dos documentos apresentados nos últimos anos pelos sucessivos governos do PS” e alertou que “esta receita tem agravado os problemas sociais e económicos” que as famílias e as empresas açorianas enfrentam.
“É a mesma receita que não tem sido capaz de levar os Açores a mais altos patamares de desenvolvimento, de igualdade de oportunidades”, afirmou a deputada social-democrata açoriana no arranque do debate e votação do Plano e Orçamento da Região que está a decorrer na Assembleia Legislativa dos Açores, na Horta, até quinta-feira.
A sustentar esta afirmação estão os resultados da governação socialista, que faz dos Açores a região com a mais alta taxa de abandono escolar precoce do país (29%), ou seja, mais do dobro da média nacional; a região onde 59.000 açorianos estão sem médico de família e outros 10.000 esperam por consultas e intervenções cirúrgicas; e a região em que há mais de 18.700 pessoas dependentes do Rendimento Social de Inserção.
A vice-presidente do grupo parlamentar do PSD/Açores destacou ainda o efeito da receita socialista no “crescimento constante da dívida da Região” e na manutenção da pobreza, sublinhando que “na criação de riqueza per capita não conseguimos aproximarmo-nos das médias nacional e europeia”.
“Há anos que andamos nisto! Temos estradas de encher o olho, não temos é riqueza para circular nelas. Temos escolas novas, não temos é bom resultados escolares. Temos os melhores hospitais, não temos é os cuidados de saúde de que os açorianos necessitam”, sublinhou Mónica Seidi, acrescentando que em 2017 o governo regional vai continuar a alimentar as 52 entidades do setor público empresarial regional, incluindo todas aquelas que “só têm contribuído para o endividamento da Região”.
O PSD/Açores não se revê nas propostas apresentadas por Vasco Cordeiro e Sérgio Ávila, explicou, e vai apresentar propostas de alteração na Saúde, na Educação, na Solidariedade Social, no Emprego, nas Pescas, na Agricultura, no sector público empresarial regional.
“Temos outras opções e outra visão estratégica. Somos oposição democrática e alternativa política. Sabemos que não vamos mudar a governação, mas estamos convictos de que a nossa oposição ativa e as nossas propostas podem dar força à democracia e melhorar a vida dos açorianos”, sintetizou a deputada do PSD/Açores.