Hospital da Horta perde médicos em especialidades essenciais

Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial denunciaram que o hospital da Horta ficou sem médicos nas áreas de Oncologia, Hematologia e Imuno-hemoterapia, especialidades consideradas “essenciais”.

Em requerimento enviado à Assembleia Legislativa dos Açores, Carlos Ferreira e Luís Garcia salientaram que a saída destes profissionais – ocorrida a 10 de fevereiro por aposentação –, “apesar de previsível, deu-se estranhamente sem ser garantida a sua substituição com óbvias perturbações para os serviços e para os doentes, não só do Faial, mas também de outras ilhas”.

“O especialista em Medicina Interna com formação em Oncologia assegurava sozinho, desde há alguns anos, a assistência na área da Oncologia médica. Este médico aposentou-se há cerca de dois anos e fez um contrato com o hospital que vigorou até ao passado dia 9 de fevereiro. A médica que assegurava o serviço de Imuno-Hemoterapia e prestava apoio na área de Hematologia também se vai aposentar, tendo o dia 9 de fevereiro sido o seu último dia de trabalho”, referiram.

Segundo os parlamentares do PSD/Açores, tratam-se de “serviços de grande sensibilidade e alguns mesmo indispensáveis ao normal funcionamento do hospital, que deveriam merecer do governo e do conselho de administração do hospital da Horta outro tipo de atuação”.

“Pode estar em causa, entre outros aspetos, a segurança e a continuidade dos tratamentos aos doentes oncológicos, o atraso no início de novos tratamentos, o acompanhamento de muitos doentes na consulta da área de Hemato-Oncologia, a continuidade da acreditação do Serviço de Sangue e o stock de sangue do hospital para fazer face às emergências e urgências”, sublinharam.

Carlos Ferreira e Luís Garcia pretendem que o governo regional justifique “a saída destes dois médicos do hospital da Horta sem ser garantida a sua substituição” e explique quais as diligências levadas a cabo para os substituir.

Os deputados do PSD/Açores querem que o governo regional explique ainda “como estão a ser garantidos os serviços e os tratamentos que até agora eram assegurados por estes médicos”.