Terreiro do Paço – Opinião de Hermano Aguiar

António Costa bate Sérgio Ávila em anúncios. Em 48 horas, o primeiro-ministro, acompanhando de sete ministros, teve tempo para oferecer almoços e jantares, frequentar arraiais, desfilar numa procissão, percorrer 4 ilhas, cumprimentar milhares de pessoas e beijar centenas de crianças. Tudo sob o olhar embevecido de Cordeiro, o espreitar metediço de César, e com Sérgio Ávila escondido das câmaras e dos holofotes.

Costa anunciou para a Terceira, no mês das eleições regionais, a vinda das low-cost, milhões de euros para a revitalização da sua economia, um terreno para a cadeia de Ponta Delgada, e o reforço de verbas vindas Europa para tudo e mais alguma coisa. Ou seja, o Terreiro do Paço veio acudir uma governação regional sem rumo.

Em 20 anos de governação socialista, atingimos um nível de pobreza que devia envergonhar-nos todos. E bem podem retratar, vezes sem conta, Cordeiro com Costa e Costa com Cordeiro, ora jantando, ora andando de bicicleta, que a pobreza que nos afeta não vai desaparecer assim.

Numa demonstração de incapacidade para resolver, em Autonomia, os enormes problemas que a sociedade açoriana enfrenta, opta-se por um “mando” virtual do Terreiro do Paço.