Este é um tempo em que a aproximação ao processo eleitoral de Outubro próximo começa a fazer-se sentir intensamente na atividade partidária nos Açores.
É natural que os diversos partidos pretendam que a sua mensagem comece a chegar aos Açorianos. São estes, justamente, que daqui por alguns meses hão-de decidir quem assumirá as rédeas da governação nos próximos quatro anos. Mas há atitudes distintas neste domínio.
De um lado está o partido que há vinte anos governa os Açores. A arrastar-se pelos cantos, apenas tem uma coisa em mente: permanecer no poder a qualquer custo.
À falta de resultados para apresentar, utiliza todos os recursos que tem à sua disposição. E não hesita, sequer, no uso de meios públicos.
Com a vergonha completamente perdida, os socialistas fazem interpretações disparatadas de realidades que estão quantitativa e qualitativamente comprovadas como verdadeiros fracassos da ação governativa. Ou da incapacidade revelada na definição e aplicação de medidas destinadas a resolver problemas que, feitas as contas finais, não só não foram resolvidos como, inclusivamente, se viram agravados ao longo dos anos.
Mas os socialistas, em jeito de desespero, vão muito mais longe. Chegam a omitir a realidade. Ou a não a revelarem na plenitude que a transparência política exigiria. Ou, utilizando um termo ainda mais forte, ainda que perfeitamente aderente ao tipo de atitude adotada, são até capazes de utilizar a inverdade em relação a muitas e importantes matérias da governação.
Os socialistas, depois destes vinte anos em que conduziram os Açores a uma situação complexa que penaliza muitos e muitos Açorianos, atingem limites inadmissíveis. Utilizam os meios do governo, ou seja, os meios de todos nós, para criarem uma teia brutal de dependências e assim assegurarem a sua permanência no poder. Até meios financeiros, entenda-se. Aqueles que, afinal, resultam dos impostos que todos pagamos.
E quanto a ideias e propostas? Zero. Completamente zero. Aliás, como é normal vindo de quem nada mais quer do que agarrar-se ao poder. Como é óbvio da parte de quem, quanto ao seu passado de vinte anos, apenas tem para mostrar a triste realidade que arrastou milhares de Açorianos para uma situação acentuadamente preocupante e em que a esperança no futuro foi completamente destruída.
Do outro lado, está a oposição. Permitimo-nos destacar a do PSD/Açores, em particular. Não porque as outras não cumpram legitimamente o seu papel, mas apenas porque é o partido que se apresenta como alternativa de governo.
A par com a denúncia de situações que evidenciam que quem está no governo já perdeu completamente as forças para resolver os problemas das pessoas, tem feito um esforço meritório na apresentação das suas propostas para as diversas áreas da economia e da sociedade. As ideias que pretende aplicar e, assim, conduzir a melhorias que os Açorianos tanto anseiam depois de uns quantos anos a verem a sua vida a andar para trás e com as preocupações a invadirem diariamente as suas vidas.
Em Outubro, o povo decidirá. O desânimo e o vício do poder têm como alternativa o dinamismo e a riqueza das novas ideias.