PSD/Açores quer acabar com “modelo de gestão socialista que está a destruir a SATA”

O presidente do PSD/Açores assumiu o compromisso de “acabar com o modelo de gestão socialista que está a destruir as empresas regionais”.

Duarte Freitas, que falava à comunicação social numa conferência de imprensa sobre a auditoria do Tribunal de Contas ao grupo SATA, assegurou que, como presidente do governo, “as empresas públicas deixarão de ser geridas por critérios partidários”. “A competência, o respeito pela lei e o interesse público serão uma realidade”, acrescentou.

“Comigo presidente do governo, nunca permitirei situações que levem um tribunal a dizer e cito ‘os membros do conselho de administração do grupo SATA que foram entrevistados terem recorrentemente afirmado desconhecer o fundamento das decisões estratégicas tomadas’”, garantiu.

De facto, explicou o presidente dos sociais-democratas açorianos, o relatório de auditoria do Tribunal de Contas “comprova que os problemas da SATA não resultaram meramente de situações externas, mas sim de más decisões da gestão e do acionista e que a SATA perdeu milhões de euros a voar para a Madeira e a transportar turistas do norte da Europa para o Porto, sem que se perceba porquê ou se identifiquem responsáveis”.

Outra das conclusões do tribunal, referiu Duarte Freitas, é a de que “existem problemas na SATA porque governo regional deixou de pagar à companhia o que devia pagar e porque foi irresponsável quando a empresa se endividou para esconder as dívidas do governo regional”.

Para Duarte Freitas, “ao PSD/Açores cabe ajudar a salvar uma empresa fundamental para a nossa Região”.

Assim, assegurou, “é urgente que o governo regional pague por completo toda a dívida que tem com a SATA porque essa divida do governo regional à SATA asfixia esta empresa e asfixia as empresas regionais a quem a SATA não paga”.

“É também urgente que sejam repostos os 21 milhões de euros que o governo regional desviou do capital social da SATA aquando da privatização da EDA” disse Duarte Freitas, considerando que “estas duas medidas permitem à SATA resolver muitos dos seus problemas imediatos e afastariam, no curto prazo, a ameaça que paira sobre a empresa”.

Duarte Freitas garantiu ainda que, “como presidente do governo regional, será apresentado um plano estratégico para a SATA que seja efetivamente cumprido, com a implementação de contratos de gestão plurianual que fixem objetivos claros e que responsabilizem os gestores da SATA”.

“Nos Açores não podem continuar a existir empresas onde ninguém é responsável por nada, onde a forma de gestão é o telefonema do secretário regional a dar ordens e instruções que custam caro. Queremos melhores políticos e queremos melhores gestores”, concluiu.