Conversa – Opinião de Hermano Aguiar

A ilusão e a mentira são, para alguns políticos, ferramentas da maior utilidade. E fazem-no porque há audiência para tal espetáculo.

Os recentes anúncios de Vasco Cordeiro, após a “audiência de cumprimentos” com Costa, e o anúncio prévio de César sobre a nova Cadeia de Ponta Delgada são um exemplo claro deste modo “ilusionista” de estar na política.

Em março de 2005, César após reunião “de carácter exploratório” com Sócrates, anunciava “a complementaridade gratuita” da prestação dos serviços de Saúde; ou seja, em linguagem “cesariana”, os Açores não pagam nem a divida acumulada nem futuras prestações de cuidados nos hospitais do Continente.

Agora, Cordeiro, numa “audiência de apresentação de cumprimentos” a Costa também proclamou “a complementaridade gratuita” dos serviços de Saúde e o não pagamento da divida que, em 2012, já era de 60 milhões de euros.

Em setembro de 2007, o ministro da Justiça de Sócrates, ao lado de César, anunciava a construção da nova Cadeia de Ponta Delgada.

Agora, o mesmo César anuncia a nova Cadeia de Ponta Delgada. E Cordeiro, passado um dia após o anúncio do “grande líder” César, também anunciou o mesmo.

Como dizia a canção: parole, parole, parole…