Falhanços em obras públicas na Terceira são marca da governação do PS

O PSD/Açores considerou que a irresponsabilidade e os falhanços verificados nas obras públicas da ilha Terceira “são uma marca da governação socialista na Região”, sendo que, “naquela ilha, o problema tem uma dimensão impossível de ignorar”, disse o deputado Luís Rendeiro.

“São demasiados falhanços, do governo e do PS, na realização de obras públicas na Terceira”, potenciando-se assim “a crise económica e social que afecta todas as ilhas, localmente agravada pela crise do sector leiteiro e, em cima de tudo isso, a redução do efectivo militar americano na Base das Lajes”, referiu.

Luís Rendeiro frisou que “não são obras novas nem intenções previstas em qualquer plano de revitalização económica”, pelo que se justifica “perguntar o que aconteceu aos muitos e muitos milhões, sucessivamente cabimentados para estas obras ao longo dos anos”, adiantou.

“Onde foram gastas as verbas que não foram usadas nas obras em questão? Que retorno tiveram? Quem é responsável por esta sucessão de incumprimentos?”, perguntou o social-democrata.

E acrescentou que é o governo regional socialista “quem decide as obras a fazer, lança os concursos ou os ajustes diretos, escolhe os empreiteiros, escolhe as empresas de fiscalização, elabora e aprova os orçamentos, lança as primeiras pedras e faz os beberetes da praxe”.

“Será preciso que venham o Tribunal de Contas, o Ministério Público, a Polícia, ou outra entidade qualquer, para que se perceba os motivos de todos estes problemas nas obras públicas?”, questionou Luís Rendeiro.

O deputado do PSD/Açores mostrou dúvidas sobre “um governo que esconde o que o Tribunal de Contas terá detectado na obra da Biblioteca Pública de Angra”, querendo saber “porque não andam as obras do Parque de Exposições da Terceira? Porque o Governo não paga? Ou porque o governo adiantou dinheiro e a obra não se fez?”.

Em causa está também “o atraso de tantos anos na obra, e agora na abertura, do Laboratório Regional de Veterinária”, onde foram recusados “os pedidos dos deputados do PSD para visitar a obra, parecendo que se esconde alguma coisa”, concluiu.